sábado, 24 de agosto de 2013

Pedra no Rim - Cálculo Renal - Litíase






O que é Pedra nos Rins
Um dos problemas mais comuns na Urologia é conhecido popularmente como "pedra no rim". Outro nome muito utilizado para esta formação é cálculo renal. Um cálculo renal pode localizar-se nos rins, ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) ou na bexiga. Na medicina, estas formações possuem ainda outros nomes como litíase, cálculo urinário, calculose urinária ou nefrolitíase. Pedra no rim é uma deposição que se cristaliza e forma uma pedra dentro dos rins, a qual pode se locomover por todo o trato urinário juntamente com a urina. Uma pedra no rim é formada a partir de uma matriz orgânica e um material cristalino – cristais (cálcio, ácido úrico, amônia, magnésio) que vão se agregando com o passar do tempo. Os cálculos menores em alguns casos acabam percorrendo as vias urinárias excretoras e sendo eliminados com a urina, sem causar sintomas. Mas, inúmeros são os casos em que o cálculo causa sintomas. Estes sintomas não estão diretamente relacionados com o tamanho do cálculo como muitos pensam. Não é o cálculo maior que necessariamente dá maior dor, mas sim o seu formato. Em geral cálculos renais são cheios de espículas que ao se deslocarem machucam os tecidos por onde passam, levando a dores intensas com ou sem sangramento na urina.

pedra nos rins tipos




Pedra nos Rins - Causas
Estudiosos apontam várias causas para a formação dos cálculos renais. O principal deles seria uma disfunção no metabolismo que acaba inibindo algumas substâncias e produzindo outras em excesso. Outros fatores que podem ocasionar a formação dos cálculos renais são: herança genética, problemas de funcionamento do sistema urinário e infecções.

calculo renal - pedra no rim
O cálculo é formado dentro dos rins (popularmente conhecido como pedra nos rins).

Fatores que podem contribuir com o surgimento de pedra nos rins ou acelerar o crescimento das pedras são:

  - Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais;
  - Distúrbios metabólicos do ácido úrico ou da glândula paratireóide;
  - Infecções urinárias;
  - Alterações anatômicas;
  - Obstrução das vias urinárias.



Como são as Pedras nos Rins - Cálculos Renais
O número, tamanho, forma e cor das pedras nos rins são bastante variáveis. Algumas pessoas só têm uma pedra, enquanto outras têm diversas. Da mesma forma, as pedras podem variar de tamanho, iniciando com 1mm (tamanho de um grão de areia), podendo chegar até 20cm.

Calculo Renal
A fotografia acima mostra diversos tipos de cálculos renais, com vários tamanhos, formas e cores.


Cálculo Renal - Pedra no Rim   Pedra no Rim - Calculo Renal




Tipos de Cálculo Renal - Composição de cada Pedra nos Rins
Litiase Renal
Oxalato de cálcio (a pedra no rim mais comum) - 80 a 90% dos cálculos são de oxalato de cálcio. Cerca de 40% das pessoas com estes cálculos têm uma alteração em seu metabolismo que causa um acúmulo de cálcio na urina (como hiperabsorção intestinal de cálcio). Algumas drogas como Furosemida (diurético), antiácidos e corticóides também podem causar uma sobrecarga de cálcio na urina. Outros fatores associados com hipercalciúria incluem imobilizações (por exemplo, decorrente de fraturas), excesso de vitaminas A ou D, glândula paratireóide hiperativa, etc. O problema não é o excesso de cálcio ingerido, como pensam alguns, mas sim a não absorção correta do cálcio pelo organismo devido a um problema metabólico, que pode e deve ser corrigido.

Estruvita (cálculos infecciosos) - São os cálculos associados com infecções urinárias. Cerca de 10 a 28% dos cálculos podem estar associados com infecções urinárias por bactérias. São mais freqüentes em mulheres.

Ácido úrico - Cerca de 5 a 13% dos cálculos tem ácido úrico. Aparecem quando existe ácido úrico elevado na urina, freqüentemente presentes em pacientes com gota, uma alteração metabólica associada com níveis elevados de ácido úrico no sangue. Nestas pessoas são freqüentes as artrites agudas. Os cálculos "puros" de ácido úrico são radiotransparentes, ou seja, não aparecem em radiografias, porém são detectados no ultra-som.

Cistina - Decorrente de doença hereditária rara, em que há muita cistina na urina. Correspondem de 1 a 3% dos cálculos.

OBS.: Os cálculos renais de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ácido úrico podem estar presentes de forma associada.

Pedra nos Rins - Cálculos Renais




Sintomas de Pedra nos Rins
Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo renal é uma dor intensa. A dor começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Tipicamente, a pessoa sente uma dor aguda no dorso ou abdômen inferior. Pode ocorrer palpitação, náusea e vômito. Mais tarde, a dor pode chegar até a virilha.

Quando os cálculos são pequenos podem ser assintomáticos. Mas, quanto eles se movimentam no trato urinário geralmente provocam dor e desconforto. Algumas pessoas relatam pontadas nas costas. Os cálculos que obstruem o ureter, a pelve renal ou qualquer um dos seus tubos de drenagem podem causar dor lombar ou uma dor tipo cólica intensa (cólica renal ou nefrética). Se os cálculos estiverem na bexiga, podem causar dor na região abdominal inferior. Também são sintomas da doença náusea, vômito, distensão abdominal, calafrios, febre, sangue na urina, além do desejo freqüente de urinar, principalmente durante a passagem de um cálculo pelo ureter.

Uma pedra no rim pode prejudicar o funcionamento do sistema urinário de várias maneiras. Entre os problemas estão a infecção do trato urinário, que pode ser causada pela obstrução do fluxo urinário e conseqüentemente de bactérias da urina no organismo, outra complicação é a urina refluir para o rim, devido um bloqueio prolongado de um cálculo. Essa pressão pode dilatá-lo (hidronefrose) e até causar uma lesão renal.

Normalmente os portadores de pedra no rim só procuram um tratamento quando sentem uma cólica renal. As cólicas renais são conhecidas por serem extremamente dolorosas. Contudo, este não é o único problema ocasionado pelas pedras nos rins. Milhares de pessoas possuem pedra nos rins e desconhecem o problema, pois muitas vezes os cálculos renais permanecem no organismo durante meses ou até mesmo anos sem causar nenhuma dor. Mesmo assim, sem ocasionar nenhum transtorno aparente, a pedra no rim é capaz de causar grandes danos aos rins e até mesmo insuficiência renal. Muitos médicos orientam seus pacientes que aguardem até suas pedras nos rins serem expelidas naturalmente, geralmente recomendando apenas a ingestão de muita água. Isto pode ser extremamente doloroso e perigoso, pois na passagem desde os rins até a bexiga, as pedras podem causar danos graves ao organismo.




Dor e Cólica Renal causada por Pedra nos Rins
Cólica Renal é uma dor aguda, intensa, oscilante (vai e vem) proveniente do aparelho urinário superior (rim). É uma das dores mais atrozes da medicina e geralmente causada por pedras (cálculos renais) no rim ou no ureter. A pedra causa obstrução da urina que vem do rim, dilatando-o. Essa dilatação renal é a fonte da dor. Existem outras causas de cólica renal, como coágulos, ligadura cirúrgica do ureter ou mesmo compressões extrínsecas do ureter por tumores.

Durante as crises de cólica renal, devem ser administrados analgésicos e antiinflamatórios potentes (Voltaren, Arcoxia, Profenid, Feldene, etc) para aliviar a dor, que pode ser extremamente forte. Em alguns casos, a dor pode ser tão insuportável que se aconselha o uso de morfina.

A cólica renal também é chamada de cólica uretral ou cólica nefrítica.





Pedra nos Rins - Tratamentos
Há diferentes tipos de tratamento para pedra no rim. Normalmente o tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos, litotripsia (ondas de choque), holmium laser, cirurgia endoscópica ou ainda cirurgia aberta para a retirada da pedra no rim.

Litotripsia - LECO - LEOC:


Litotripsia - LECO - LEOC
Imagem de um equipamento de Litotripsia (LECO - LEOC)



Litotripsia
Litotripsia Choque


Sem dúvida o método mais utilizado pelos urologistas para eliminação de cálculos renais é a Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LEOC, LOCE ou LECO), um aparelho que emite ondas de choque tentando fragmentar a pedra no rim. Apesar da grande maioria dos médicos defenderem e indicarem este método, vale ressaltar que o mesmo nem sempre resolve o problema, além de oferecer alguns riscos.

Após o tratamento e a prescrição de analgésicos, é comum o paciente receber alta e ir para casa. Durante o período de repouso em casa, deve ficar atento quanto à presença de cólicas e sangramento na urina.

Após o tratamento o paciente será alertado para filtrar a urina e separar os fragmentos de cálculos. Caso apresente febre elevada, dor muito intensa, dificuldades para urinar, sangramentos, náuseas e vômitos que não melhoram com os medicamentos receitados, o paciente deve procurar seu médico.

Em 30 dias, são realizados novos exames (radiografias e ultrassom), que avaliam se o cálculo foi eliminado ou se ainda existem fragmentos residuais.

Os problemas mais comuns relacionados ao uso da litotripsia são hematúria, contusão renal e hematomas perirenais ou pararenais, eritema cutâneo e/ou petéquias, pancreatite aguda, gastroduodenite aguda, arritmias cardíacas ou contusões pulmonares ou ainda em decorrência da migração dos fragmentos: obstrução urinária e cólica renoureteral. Problemas posteriores ao tratamento por litotripcia que podem surgir são o desenvolvimento de diabetes e hipertensão arterial.



Cirurgia Renal Percutânea - Nefrolitotomia Percutânea (NLP):


Calculo Renal Tratamento

O segundo método mais utilizado pelos urologistas é a cirurgia renal percutânea (Nefrolitotomia Percutânea). Esta técnica é utilizada para tratamento de cálculos renais maiores que 2 cm, ou quando há alguma anomalia da anatomia intra-renal, ou ainda quando foi realizada anteriormente uma Litotripsia (LECO - LEOC) que não resolveu o problema. Tornou-se uma técnica bastante comum para tratamento dos cálculos pois permite grande sucesso com menor trauma ao paciente quando comparada com a cirurgia convencional. Para execução deste método são utilizados aparelhos como o nefroscópio e arco para radioscopia. É realizada uma punção renal por via lombar com uma agulha, guiada com radioscopia. Um fio-guia é passado para o interior do rim e o trajeto é dilatado com dilatadores renais ou balão. Um aparelho chamado nefroscópio é introduzido no interior do rim, localizando os cálculos. 

Os cálculos são fragmentados com brocas (litotridores) e os fragmentos são retirados com pinça, até a limpeza total do rim.

Tratamento para Cálculo Renal
Cirurgia Renal Percutânea - Nefrolitotomia Percutânea



Ureteroscopia:


Outro método que tem se tornado muito comum é a ureteroscopia, intervenção realizada com a introdução de um aparelho chamado ureteroscópio através da uretra, sob anestesia. Os aparelhos rígidos são utilizados para tratar cálculos no ureter inferior e médio. Aparelhos flexíveis alcançam a cavidade renal e são utilizados para tratar cálculos no ureter superior e no interior do rim. Os cálculos são visualizados e a imagem é vista em um monitor de TV. Os cálculos são fragmentados com brocas (litotridores) e os fragmentos retirados com uma cesta (basket).

Pedra no Rim como tratar



Cirurgia Aberta:


Esta modalidade operatória é utilizada no tratamento das grandes massas de cálculos renais, hoje substituída na maioria das vezes pelaCirurgia Renal Percutânea (Nefrolitotomia Percutânea - NLP). Tem sua indicação quando há contra-indicações a técnica percutânea ou quando não há recursos para realizar esta última. A cirurgia aberta necessita de uma incisão, normalmente uma lombotomia para acesso ao rim e aos cálculos. Como desvantagem, apresenta maior dor pós-operatória, retorno menos precoce ao trabalho, além da possibilidade de hérnias, paralisia e parestesia da musculatura lombar. 

A cirurgia aberta para retirada de uma pedra no rim está indicada apenas nos seguintes casos:

Cálculos grandes, sem condições de passar espontaneamente;
* Bloqueio do fluxo de urina por tempo prolongado;
* Associação de infecção urinária de tratamento difícil;
* Presença de lesão renal;
* Aumento progressivo de tamanho do cálculo.




Medicamentos:


Normalmente as cólicas renais são consideradas emergências médicas. Assim que o paciente chega na unidade de saúde ou ao Pronto Socorro de um hospital, imediatamente após a confirmação de cólica renal os primeiros medicamentos utilizados são os antiespasmódicos e antiinflamatórios (Buscopan e Voltaren são os mais utilizados). Para o tratamento do cálculo renal, existem medicamentos que inibem a formação de novas pedras e outros que auxiliam sua eliminação. Um exemplo é o LITOCIT, que apesar de causar efeitos colaterais indesejáveis, tem sido muito receitado para inibir a formação de alguns tipos de cálculos.




Tratamentos Alternativos e Tratamentos Naturais:


No meio das terapias alternativas, existem inúmeras receitas que tem se propalado ao longo dos anos  para tratamento de pedra no rim. Infelizmente algumas pessoas ainda confundem tratamentos alternativos com curas milagrosas. Acreditar que o aumento do consumo de cerveja ou misturas como abacaxi e coca-cola podem ajudar a eliminar uma pedra no rim é um grande equívoco e pode inclusive agravar alguns quadros.

Os chás, sempre muito utilizados nestes casos, podem auxiliar devido ao aumento da diurese causada pela ingestão de líquidos, mas sozinhos não solucionam o problema. Nem mesmo o famoso chá de quebra pedra, cujo o nome é muito sugestivo, pode resolver o problema após a pedra no rim estar formada. Ao contrário do que o nome popular diz, o chá de quebra-pedra não funciona exatamente quebrando as pedras nos rins. Na verdade o Phyllantus niruri ajuda a evitar que os cálculos se formem, mas não quebra e nem dissolve pedra nos rins como difundido pelo imaginário popular. Isso foi comprovado no estudo realizado pela química Ana Maria Freitas, do departamento de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Xaropes e compostos que utilizam o chá de quebra-pedra, como no caso do fitoterápico Dissol, apenas ajudam a impedir a formação de novas pedras, mas assim como o próprio chá, apesar de também possuírem um nome bastante sugestivo, infelizmente não ajudam em nada no tratamento de pedras já formadas.

É preciso que fique bem claro que o chá de quebra pedra, assim como qualquer produto derivado desta substância, não quebram e não dissolvem cálculos renais.





Pedra nos Rins - Prevenção
Uma vez tido uma pedra no rim, a pessoa sempre estará susceptível à formação de novas pedras. Para pacientes que já tiveram sua primeira pedra no rim, torna-se difícil oferecer um prognostico da probabilidade de surgimento de novos cálculos renais. Cerca de até 70% das pessoas que já tiveram pedra no rim, terão uma outra no período de até 10 anos caso não procurem nenhum tipo de tratamento preventivo.

Pacientes que têm uma disfunção metabólica grave podem inclusive ter múltiplas pedras nos rins formando-se em um curto espaço de tempo. Muitas destas pedras nos rins reaparecem novamente no espaço de 5 a 7 anos, sendo que o pico desta ocorrência acontece nos 2 primeiros anos. Após a faixa etária dos 60 anos, a taxa de formação de novas pedras parece declinar, em muitos casos desaparecendo por completo.

O aumento do consumo de água para 2 a 3 litros diários, pode ser considerado uma simples e importante mudança que contribui para prevenir o surgimento de pedra nos rins.

Nos casos mais simples, apenas o consumo regular do chá de quebra pedra pode resolver ou amenizar o problema, impedindo a formação de novos cálculos renais. Infelizmente, em alguns outros casos, quando o problema está sendo ocasionado por uma disfunção metabólica mais grave, existe a necessidade de algumas restrições alimentares ou uso de produtos que regulem as disfunções metabólicas.
  




Pedra nos Rins - Conclusão
É importante ressaltar que o texto acima explica, em linhas gerais, as possibilidades de tratamento da litíase renal (pedra no rim). Todos as formas de tratamento têm suas vantagens e desvantagens. Não existe uma forma única de tratamento. A decisão depende de vários fatores como localização, tamanho, anatomia, presença de infecção, história médica. O paciente deve entender os métodos de tratamento, a prevenção e participar da decisão ativamente com seu médico.


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